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Como calcular o preço de um produto ou serviço? Confira 5 dicas práticas!

Como calcular o preço de um produto ou serviço? Confira 5 dicas práticas!

A precificação é um processo complexo, porém necessário, para muitos empreendedores. Sua dificuldade está atrelada à quantidade de fatores que essa tarefa engloba, como os custos de uma oferta, sua marca, margem de lucro, impostos, concorrentes e consumidores. Por isso, vamos falar um pouco mais sobre como calcular o preço de um produto ou serviço.

Em tese, se considerarmos apenas o cálculo geral de precificação de uma oferta, não seria tão difícil de entender. Afinal, bastaria dividir todas as despesas do produto e da empresa pelas unidades colocadas à venda e acrescentar uma margem de lucro sobre cada item.

Mas você sabe como chegar nessas variáveis? Tem ideia do que deve ser incluído nos custos de uma oferta? Como definir uma margem de lucro? Esses fatores são o suficiente para definir o preço de um produto ou serviço?

Neste post, vamos tratar de eliminar as principais dúvidas em 5 dicas práticas para precificar suas ofertas corretamente. Fique conosco!

1. Não chute um valor ou apenas se baseie nos concorrentes

Muitos consideram a precificação uma ciência, ou seja, que possui métodos e demanda experimentos para a sua aplicação prática e efetiva. Ainda que ela não seja, também não pode ser considerada um processo baseado no feeling ou em achismos.

Infelizmente, há quem tenha preguiça, dificuldades ou falta de tempo para colocar no papel todos os componentes do cálculo de preço. Em vez disso, baseiam-se apenas nos preços praticados pela concorrência para definir o seu — geralmente a um preço inferior e com o intuito de atrair mais clientes.

Mas você já parou para pensar nos prejuízos que essa prática pode trazer? Basear-se nos concorrentes não é uma prática ruim, até porque eles são uma referência válida. Mas também não pode servir como único embasamento.

Eles possuem custos, despesas, receitas, posicionamentos de marca e margens lucro diversos do seu negócio. Logo, os cálculos tendem a ser diferentes.

O resultado disso é percebido no caixa da sua empresa. Afinal de contas, o preço dos seus produtos ou serviços pode não cobrir todas as despesas que você tem para manter a comercialização deles.

2. Liste e calcule as variáveis do custo de sua oferta

Entre os custos para comercializar sua oferta, vamos considerar tanto as despesas diretas do produto (ligados à sua compra, fabricação e fornecimento) quanto as indiretas (referentes ao funcionamento do seu negócio).

Para facilitar as coisas, vamos separar duas listas: a primeira será com os gastos diretos e individuais do produto, que normalmente são:

  • preço unitário pago ao fornecedor (caso o produto venha pronto);
  • matérias-primas (caso seja fabricado em sua empresa);
  • transporte dos produtos ou matérias-primas;
  • impostos sobre a compra desses materiais;
  • custo unitário de terceirizados ou parceiros de negócio (se existirem) por serviço prestado.

Dependendo da sua oferta, esses itens compõem o valor básico que você deve aplicar. O preço não pode ser menor que isso, já que você gastaria mais para tê-los à disposição em sua empresa do que para vendê-los.

Na próxima lista, vamos apresentar as despesas indiretas, sejam elas variáveis ou fixas. Elas devem ser diluídas de forma proporcional entre os produtos e serviços a serem vendidos em um determinado período. Logo após, devem ser acrescentadas aos valores básicos. Veja quais são:

  • salários dos colaboradores;
  • pró-labore (que é o salário do dono do negócio);
  • comissão de vendedores;
  • manutenção do espaço da empresa (como aluguel, água, luz, internet e telefone);
  • impostos sobre as vendas dos produtos ou serviços (IPI, ICMS, ISS, etc.);
  • sistemas informatizados de apoio (ERPs, CRMs, etc.);
  • marketing (promoção, distribuição e relacionamento com os clientes);
  • terceirizados (como Call Center e limpeza);
  • logística de entrega aos clientes;
  • gastos extraordinários (devoluções, quebras de produtos, etc.).

Ao calcular as despesas, você chegará ao preço unitário de cada produto ou serviço. Esse valor será o necessário para cobrir todos os seus gastos de comercialização e funcionamento, desde que a meta básica de vendas seja atingida.

No entanto, sua empresa não sobrevive apenas para cobrir gastos, mas também para obter lucro, certo? É aí que entra a próxima dica.

3. Defina sua margem de lucro

provavelmente você terá uma faixa mais exata de preço para os seus produtos. Mas antes de colocar essa precificação em prática, é importante adquirir mais certeza ao consultar a opinião de quem mais interessa: os potenciais consumidores.

A margem de lucro é o excedente após a cobertura das suas despesas e busca manter seu negócio trabalhando no azul.

Trata-se de projetar um ganho que atenda aos objetivos de crescimento da empresa e, ao mesmo tempo, mantenha a atratividade de suas ofertas para os consumidores.

Sua margem de lucro dependerá bastante do produto, pois os com maior circulação podem estabelecer margens menores; já uma mercadoria com saída menos frequente pode ter margens maiores, até para garantir a sobrevivência do negócio.

Se você preferir, pode flutuar o preço do seu produto ou serviço de acordo com a margem de lucro. Faça testes até encontrar uma faixa que mantenha a competitividade e o interesse dos clientes.

4. Considere a força da sua marca

A marca é um dos componentes mais subjetivos na composição de um preço. É difícil calcular precisamente o valor dela, mas sua força ajuda a acrescentar alguns centavos ou reais em uma oferta.

Exemplos claros em relação a isso estão no mercado de tênis esportivos e smartphones. Na primeira categoria, marcas como Nike e Adidas possuem preços acima da sua concorrência, mesmo com calçados de aspectos próximos.

O mesmo acontece com os celulares com características técnicas idênticas, mas com valores bem diferentes. Por acaso você já comparou os preços de um celular Positivo, Lenovo ou de marchas chinesas com os aparelhos da Samsung, Asus ou Motorola? Se sim, deve saber do que estamos falando.

Uma boa maneira de testar o valor da sua marca é analisando o tempo de vida da sua empresa, seu posicionamento no mercado, sua participação em vendas na categoria, seguidores nas redes sociais e até o nível de conhecimento e consideração dos clientes em relação a sua marca (awareness).

Quanto mais forte for a sua empresa nesses critérios, maior será o valor que poderá ser agregado em suas ofertas.

5. Faça pesquisas de mercado

Ao seguir e calcular os passos anteriores, Para isso, é necessário realizar uma pesquisa de mercado. Você pode reunir um grupo de consumidores que se encaixam nas características padrões dos seus clientes e analisar a aceitação dos preços.

Outra maneira é ir às ruas e entrevistar uma quantidade maior de pessoas e pedir para elas dizerem o quanto pagariam por seu produto ou serviço.

De todo modo, a ideia é entender o quanto o consumidor espera pagar por sua oferta. Assim, você pode adaptar sua margem de lucro e o valor agregado da sua marca para chegar mais próximo das preferências dos clientes.

De fato, aprender como calcular o preço de um produto dá muito trabalho, porém é necessário e até compensador. Apesar de reunir tantos fatores objetivos, como os custos, e subjetivos, como a força da marca, sua devida compreensão ajuda a gerar preços tão ou mais competitivos que o da concorrência. Isso mantém sua movimentação comercial aquecida, o interesse dos clientes e o crescimento do seu negócio.

Depois de aprender como calcular o preço de um produto ou serviço, você pode ter acesso a mais conteúdos como esse em nossas redes sociais.

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