De fato, o modelo antigo baseado em profissionais especialistas está ultrapassado. Hoje, esse perfil dá lugar a um novo tipo de profissional com conhecimentos distintos sobre todas as áreas da empresa, ou seja, que tem uma visão sistêmica do negócio.
Saber trabalhar dessa forma traz uma noção mais ampla dos processos e apoia a tomada de decisão nas situações complexas. Portanto, é importante conhecer esse conceito, a sua importância para as empresas e como aplicá-lo ao negócio — principalmente se você for o dono da empresa.
Exatamente por isso, todos esses temas serão abordados ao longo deste artigo. Fique conosco para entender o assunto!
Afinal, o que é a visão sistêmica?
Grosso modo, a visão sistêmica consiste em conseguir enxergar e compreender cada uma das partes que formam o todo no negócio. Ou seja, é a habilidade que o profissional tem para ver a empresa como um sistema integrado e, diante disso, identificar nos processos:
- como se relacionam;
- como funcionam;
- como é operação e a entrega do serviço ao cliente etc.
Além disso, o conceito abrange a compreensão da relação entre o ambiente interno e o ambiente externo — como ocorrem os acordos e como são passadas as informações, por exemplo. O profissional que tem todas essas características de que falamos aqui pode ser considerado como alguém que tem visão sistêmica.
Qual a sua importância para as empresas?
Sem dúvidas, uma empresa que possui um gestor (dono ou CEO) com essas características terá maior eficiência para se manter alinhada a essa nova dinâmica empresarial — na qual os líderes precisam estar envolvidos nos mais diversos setores do negócio para garantir a excelência operacional. Desse modo, ele conseguirá opinar e decidir rapidamente sobre os ajustes e mudanças que impactam o desenvolvimento de projetos e o crescimento da empresa.
Além disso, contar com profissionais de recrutamento e funcionários com essas habilidades otimiza as tarefas da empresa. Isso porque essas pessoas buscam entender o funcionamento geral do negócio e qual o seu papel específico para que a operação se desenvolva com eficiência. Portanto, a visão sistêmica e estratégica é importante para todas as áreas da empresa e precisa fazer parte da sua cultura organizacional.
Como construir a visão sistêmica e estratégica?
Para construir a visão sistêmica e estratégica, é necessário que o gestor desenvolva os seguintes valores:
- conexão: compreender que tudo no processo está interligado (funcionários, clientes, mercado, resultados etc.). Assim, é necessário analisar onde, como e por que ocorrem essas integrações para entender a conexão como um todo;
- profundidade: evitar superficialidades. Ou seja, sair da zona de conforto para encontrar a raiz do problema — aprofundaremos nesse assunto, mais adiante;
- empatia: embora os funcionários façam parte do processo, o gestor deve entender que cada indivíduo tem as suas particularidades — possuem sentimentos, desejos e medos próprios. Demonstrar empatia é uma forma de se interessar pelas pessoas e, assim, fazer com que elas se tornem naturalmente mais motivadas para alcançar os resultados;
- poder de comunicação: ter uma comunicação clara e objetiva é a base para as pessoas compreenderem o que o gestor quer. Interações assertivas fazem com que o líder seja compreendido e valorizado.
No próximo tópico, veremos como aplicar esses valores no negócio.
Como aplicar a visão sistêmica?
E então, até aqui você compreendeu a visão sistêmica e sabe por que aplicá-la ao seu negócio? Ótimo, a seguir daremos outros 4 bons motivos e formas de aplicação. Continue conosco para aprofundar esse conhecimento.
1. É necessário conhecer muito bem os fluxos de processos da empresa
Para compreender a dinâmica de relações entre os diversos setores da empresa, é necessário conhecer a fundo o seu fluxo de processo. Assim, uma técnica muito eficaz consiste em mapear as 4 informações essenciais:
- Inputs;
- Outputs;
- Fornecedores;
- Clientes (de cada processo).
Após o levantamento dessas informações, o gestor terá um quadro geral do processo — conseguindo identificar onde e como o processo começa e termina. Tenha em mente que, na prática, os processos não são lineares — na verdade, eles podem ter bifurcações ou até loops. Portanto, é importante documentar o mapeamento realizado para, posteriormente, traçar possíveis melhorias.
2. Devemos saber identificar o estado atual e o desejado
A visão sistêmica permite ao gestor identificar com maior clareza o estado atual da empresa para, assim, definir metas e objetivos alcançáveis. Desse modo, é preciso conhecer os desafios enfrentados atualmente e saber como utilizar os recursos disponíveis para traçar os rumos a serem seguidos. Sem dúvidas, essa prática ajuda o gestor a compreender como ele pode impactar positivamente no alcance das conquistas.
3. Buscar melhorias constantes é fundamental
Uma visão sistêmica exige que qualquer estratégia de melhoria seja pensada de uma ponta à outra. Se fizermos um paralelo com o mundo da informática, o conceito “melhorias de fim a fim” está relacionado a pensar o processo sem enxergar os nós do meio do caminho.
Agora, trazendo essa visão para o mundo corporativo, podemos relacionar com as melhorias que precisam acontecer no processo como um todo — e não apenas em uma etapa. Ou seja, de nada adianta otimizar o atendimento ao cliente se o call center está com problemas, por exemplo.
4. Devemos enxergar os obstáculos e a sua origem a fundo
Antes de fazermos julgamentos superficiais e procurar culpados pelos obstáculos, devemos considerar que, em um fluxo de processos, nem sempre o ponto em que o problema é identificado é o ponto causador do contratempo.
De fato, se consideramos que os processos acontecem em loops, um erro em qualquer ponto da operação pode refletir em muitas outras etapas do trabalho. Assim, ao identificar uma inconsistência na operação da empresa, é preciso averiguar a origem com base em uma análise aprofundada dos processos.
Como vimos, a visão sistêmica permite que o líder tenha uma compreensão mais ampla do negócio e consiga tomar as decisões de maneira eficiente. Assim, em vez de pensar o que a empresa pode fazer por ele, o gestor passa a pensar no que ele pode fazer pela empresa.
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Aldenize
2018-04-06 15:56:05
Muito bom o artigo. Obrigada pela postagem.