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Gestão Empresarial: primeiros passos para o sucesso da sua empresa

Gestão Empresarial: primeiros passos para o sucesso da sua empresa

Quer melhorar os resultados, render mais trabalhando menos e ainda conciliar trabalho e vida pessoal de maneira mais harmônica? Então acompanhe!

O que é uma gestão empresarial de sucesso?

Antes de mais nada, é preciso compreender que “sucesso” é algo bem subjetivo. Ele depende dos objetivos e desafios que uma empresa coloca para si mesma.

Ou seja, a primeira etapa para que um empreendimento seja bem-sucedido é estipular boas métricas para definir o que considera sucesso. Não importa se essas métricas são o número de vendas, a aquisição de novos clientes, melhor posicionamento de marca ou o aumento de faturamento e lucro.

O importante é definir uma forma de medir o seu comportamento e ser fiel a ele o tempo todo. Mesmo que, depois de um período tentando colocá-las em prática, você e o seu time cheguem à conclusão de que passaram esse tempo perseguindo os objetivos errados. Um empresário pode e deve reavaliar constantemente aquilo que chama de sucesso.

E, muitas vezes, a maior função das métricas é exatamente essa: te dizer que a sua definição de sucesso precisa ser atualizada.

Uma gestão que caminhe com as próprias pernas

Por exemplo: nada impede que o objetivo de uma empresa, em dado período, seja criar um modelo de funcionamento que a torne mais independente do dono.

A ideia é que os resultados, os lucros, o relacionamento com clientes e fornecedores, as estratégias de marketing, atendimento e vendas caminhem sem que o gestor tenha que participar de cada decisão. Em alguns casos, aliás, nada mais pode progredir sem que isso aconteça.

O objetivo de muitos empreendedores é escalar, isto é, aumentar os lucros sem que os custos subam na mesma proporção. E algo assim só pode se tornar realidade se o gestor — e cada membro do time de cada setor — conseguir aumentar a produtividade.

Em outras palavras: para aumentar a produção sem aumentar os custos proporcionalmente, é preciso fazer mais gastando o mesmo tempo de antes.

Para o gestor, isso significa também saber o momento de delegar funções e terceirizar os serviços que a empresa não está em condições de otimizar.

Uma gestão que separe a parte operacional da estratégica

Algo que diferencia empresas grandes ou que estão consolidadas há um bom tempo no mercado é que sua organização interna separa muito bem a parte operacional da estratégica.

Ou seja: raramente as pessoas que tomam decisões e traçam planejamentos são as mesmas que os executam.

Essa diferenciação tem motivo de existir: ela nasce de uma divisão muito fácil de notar no próprio perfil profissional da maior parte dos trabalhadores, que podem ser agrupados em 2 tipos:

  • Os que têm perfil estratégico — esses se distinguem por uma boa capacidade de observação e análise de todo de algumas questões e situações. Estão aptos a discutir ideias e traçar estratégias a partir delas.
  • Os que têm perfil operacional — costumam se destacar por uma incrível disposição para colocar processos em prática, motivando a si mesmo e os seus colegas e lidando bem com objetivos preestabelecidos, contratempos e gestão de tarefas.

A organização interna das empresas, quando reflete essa divisão psicológica natural, costuma funcionar de forma mais orgânica. E os colaboradores ficam mais presentes, autônomos e se sentem mais valorizados, o que aumenta o seu rendimento.

Além do mais, os donos de empresa que são formados em áreas operacionais acabam, em algum momento, se vendo obrigados a se desligar da parte operacional para comandar as atitudes estratégicas da empresa.

6 etapas para o sucesso de uma gestão

No fundo, uma gestão de sucesso sempre vai ter a ver com o alinhamento do time e um bom entendimento, por parte de cada um dos colaboradores, de qual é o seu papel na estratégia geral da empresa.

Isso não é algo simples de se conseguir, mas algumas medidas podem ser adotadas para unir as melhores cabeças do seu time estratégico e dar vida às ideias e análises desse time por meio da atitude e espírito aventureiro do time operacional.

Veja quais dessas medidas são as mais importantes:

1. Comece com capital humano de qualidade

Não à toa o clichê empresarial de que “os colaboradores são o maior ativo de uma empresa” é repetido à exaustão. Nenhum empreendimento vai realmente se destacar sem algumas mentes brilhantes.

Além do mais, quanto mais bem selecionado e treinado o seu time — treinado para compreender a estratégia da empresa, e não apenas para executar bem as tarefas, diga-se de passagem — maior a independência, proatividade e autossuficiência dele.

E para ficar livre de ter que participar de todas as etapas de decisão e execução da estratégia dos seus negócios, o que você mais precisa é de autonomia dos seus colaboradores, concorda?

Vale a pena pensar numa forma de selecionar e treinar gente que tenha facilidade de compreender e se inserir nessa estratégia. Pessoas com esse perfil são naturalmente questionadoras, criativas e costumam buscar oportunidades de trabalho com as quais se identificam.

Quando dissemos “selecionar e treinar”, a intenção foi enfatizar que alguns colaboradores apresentam esse conjunto de características naturalmente, mas que, em outros, ele vai precisar ser estimulado.

Por isso o treinamento interno do seu time deve ser constante, não se limitando ao momento posterior à contratação. Se você tem um Departamento Pessoal, é importante discutir com ele esses valores e boas formas de incluí-los no recrutamento.

Colaboradores como esses não são fáceis de se conseguir, mas valem a pena o investimento. O valor que eles dão para o diálogo e a comunicação, aliás, vai fazer com que se encaixem perfeitamente na próxima etapa para uma gestão de sucesso.

2. Invista na comunicação da equipe

Chega a impressionar como a falta de comunicação interna faz algumas empresas perderem tempo, dinheiro e gerar desgaste emocional.

Não à toa, muitas delas investem no endomarketing, isto é, fazem marketing para o público interno da organização: colaboradores, revendedores, fornecedores e acionistas, por exemplo.

Esse tipo de ação tem como objetivo, entre outras coisas, reter talentos na empresa e estabelecer as bases para a comunicação entre os times, entre equipes estratégicas e operacionais, entre líderes de setores e colaboradores e muito mais.

Talvez se possa até dizer que o endomarketing e um bom sistema de feedbacks sejam os maiores responsáveis por uma comunicação interna de qualidade e o aumento da produtividade da equipe.

A relação entre o feedback e o endomarketing

Existe uma relação recíproca entre essas duas coisas: os feedbacks ajudam a definir as campanhas de endomarketing — já que uma das funções delas é colocar todos os colaboradores “na mesma página”, isto é, dar unidade à circulação das informações na empresa.

E para essas campanhas serem bem-sucedidas, a primeira etapa é conhecer o colaborador, suas opiniões, sugestões e reclamações sobre o funcionamento do seu setor e da empresa como um todo.

Por outro lado, criar uma cultura de feedbacks vai depender muito da capacidade de uma empresa fazer com que os funcionários entendam a importância desse procedimento.

No estágio atual de desenvolvimento do mundo corporativo, avaliar, dar opiniões, sugestões, elogiar e criticar ainda não é algo bem-visto pela maioria dos trabalhadores de uma empresa. Ainda mais se eles tiverem que emitir esses pareceres publicamente.

Ou seja, você vai precisar de endomarketing para convencer seus colaboradores da necessidade dos feedbacks e, uma vez que eles se sintam à vontade para opinar, fazer uso dessas opiniões para melhorar as estratégias de endomarketing.

O que cria uma relação cíclica entre as duas coisas.

3. Conheça os propósitos da sua empresa e os seus serviços

O segundo passo para o sucesso — vindo depois apenas de estabelecer um significado para a palavra “sucesso”, como já dissemos — é começar a compreender, de dentro para fora, a realidade de uma empresa e onde ela se insere no mercado.

Qual é o propósito da empresa? Com certeza, ela deve gerar lucro, o que remunera os colaboradores, o gestor e pode ser reinvestido, expandindo as atividades. Mas para onde isso tudo vai, em termos estratégicos?

Isto é, qual a posição estratégica da empresa e para onde você pretende orientar o crescimento dos negócios? Se você é o tipo de gestor que teve uma boa ideia no início e depois passou apenas a responder a estímulos, há grandes chances de não ter parado para pensar nisso ainda.

Caso contrário, essas perguntas são muito parecidas com algumas que você respondeu no início da sua vida como empresário: quem é o seu público-alvo? Ele tem poder aquisitivo para comprar o que você oferece? Ele tem interesse em comprar esses produtos ou contratar esses serviços?

E mais: há espaço para esse produto ou serviço no mercado ou outras empresas já suprem toda a demanda existente, transformando a concorrência numa desesperada luta pela sobrevivência? Num caso como esses, o que você está em condições de oferecer que eles não estão?

Conhecer a empresa é uma atitude constante

A verdade é que essas perguntas são tão úteis hoje quanto quando você começou. O mercado sempre mudou muito e, com a revolução digital, ele está ainda mais dinâmico e imprevisível.

É interessante que você se faça essas perguntas constantemente e veja o que mudou desde que a empresa deu seus primeiros passos. Uma conclusão a que pode chegar é que, ao contrário do que acontecia nos primeiros anos, não é mais possível que você esteja presente em todas as etapas operacionais e estratégicas.

O ditado de que “o olho do dono é que engorda o gado” tem data para acabar em empresas que querem iniciar um processo real de expansão e crescimento.

4. Conheça o seu mercado

Após rever seus propósitos, produtos e serviços, o próximo passo é conhecer (ou voltar a examinar) o seu mercado.

Ele também mudou com o tempo, ou pode ser que você queira crescer expandindo as atividades para outros setores econômicos.

Esse é um assunto muito importante, a ponto de uma das maiores discussões atuais no campo da gestão ser sobre o nível de especialização do trabalho administrativo das empresas.

Entenda a diferença entre conhecimento geral e especialização

Explicando melhor: você já parou para se perguntar o que é mais importante para tocar um empreendimento, se o conhecimento específico de mercado ou a capacidade de compreender o processo de gestão como um todo, em termos mais gerais?

Quem tem o hábito de acompanhar as revistas especializadas sabe que há diversos casos de líderes que mudaram de mercado e não se deram bem.

Um gestor que é considerado referência no mercado de alimentos pode não ter bons resultados se colocado à frente de uma empresa de tecnologia, por exemplo. Essa é uma reflexão que influi na decisão de reposicionamento estratégico.

É sempre bom pensar se vale a pena correr esse tipo de risco ao considerar buscar novos mercados — ou mesmo ampliar o mix dos seus produtos, o que quase obrigatoriamente leva a novos mercados.

Use benchmarking para estabelecer um padrão

Se você não conhece esse conceito, saiba que o benchmarking é um tipo de comparação.

O mais curioso é que, em muitos casos, essa comparação pode ser feita com o seu maior concorrente. Esse é o benchmarking competitivo.

Vamos supor que o que você quer seja melhorar a estratégia de marketing da sua empresa. Tudo que tem a fazer é procurar aquele concorrente que tenha o melhor desempenho do mercado nesse quesito e usar os números dele como padrão.

Além desse tipo, há também o benchmarking interno, em que as referências vêm da sua própria empresa e são aplicadas numa franquia, por exemplo; o benchmarking funcional, que é qualitativo e não quantitativo e o benchmarking de cooperação, que consiste em que duas empresas troquem informações sobre processos, visando ao aprendizado mútuo.

Vale lembrar que benchmarking é uma comparação de resultados. Não se trata de copiar as estratégias ou ações de outras empresas, já que esses processos são bem específicos e não funcionam fora de contexto.

5. Crie um planejamento financeiro

Se você já tem algo desse tipo e o utiliza, pode até estranhar que esse item apareça aqui.

Para as empresas que já operam com um planejamento financeiro — feito a partir da sua colocação no mercado, com projeções de custos, despesas, investimentos e capital de giro — parece inacreditável que alguém possa viver sem ele.

Porém, também há a possibilidade de você ter chegado até onde chegou sem criar esse tipo de cronograma.

Fazendo dessa forma, você pode até ter conseguido crescer, mas correu um risco muito maior do que o necessário, já que passou um bom tempo sem a compreensão real da situação financeira da sua empresa.

Por exemplo: é muito comum que alguns gestores apoiem a interpretação do sucesso dos negócios apenas no lucro.

Esse é um fator importante, mas pode ser que você tenha sazonalidade nas vendas — isto é, que o seu faturamento diminua muito em certa épocas do ano, como acontece com as escolas em janeiro.

Em todo caso, vale a pena ver (ou rever) os passos mais comuns que um planejamento financeiro envolve:

  • Relação entre custos fixos — aqueles que não aumentam com a produção, como o aluguel, por exemplo — e dos variáveis — como a matéria-prima. A relação entre eles, a sua margem de lucro e o preço que os seus concorrentes cobram determina a precificação do seu produto ou serviço;
  • Relação entre receitas, despesas e capital de giro. Ao cruzar esses dados com as suas datas de recebimento de clientes e pagamento de fornecedores, você obtém o seu fluxo de caixa;
  • Definição de metas e objetivos — financeiros ou de outros setores como marketing, vendas e logística — que dependem dessas informações;
  • Elaboração de um cronograma realista, que é o que vai definir toda a estratégia geral da sua empresa. Além de ser a principal fonte de informações a ser considerada quando você pensar em expandir os seus negócios;
  • Cálculo de resultados ao fim de cada ciclo e avaliação de formas de reduzir ou otimizar custos;
  • Implementação do processo de escalabilidade, que consiste em aumentar a produção — e, consequentemente, o lucro — sem que os custos subam proporcionalmente;
  • Documentar todas as ações e processos financeiros para que sejam analisados antes de um próximo passo.

Ou seja, um planejamento desse tipo vai muito além de apenas medir os números básicos necessários para o funcionamento de uma empresa.

Ele é uma análise muito mais profunda e sem a qual é quase impossível conquistar a saúde financeira e sobreviver em médio e longo prazos. Além, claro, de ser uma das etapas fundamentais de como fazer plano estratégico.

6. Organize a casa: defina seus processos e siga-os

No fundo, todas as dicas que demos até aqui estão interligadas. Juntas, elas compõem algo fundamental para o sucesso de qualquer empresa: o planejamento estratégico.

Entenda a definição e as vantagens do planejamento estratégico

Como o nome indica, a ideia aqui é traçar objetivos, metas e um caminho de médio e longo prazo para a empresa já no início da sua gestão.

Fazer isso coloca o empreendedor numa situação de enxergar sempre adiante e tomar suas decisões levando em consideração algo maior do que apenas os benefícios imediatos que elas vão trazer. E é um fator que diferencia o nível de profissionalismo de qualquer negócio.

Aprender como fazer plano estratégico envolve muita coisa: gestão de tempo, gestão de riscos, planejamento financeiro, elaboração de estratégias de marketing relacionadas — que vão definir as características do seu produto ou serviço enquanto marca e como ele vai se posicionar no mercado — e muito mais.

Embora um pouco complexo, ele acaba se transformando num guia sólido para as decisões que você for tomar.

Compreenda como ele evita desgastes e dá mais tempo livre

Se você for pensar bem, vai ver que as decisões — e o desgaste e nervosismo que cada uma delas causa — é que consomem boa parte do seu tempo de trabalho.

E isso não é à toa: não é produtivo “definir as regras com o jogo rolando”, isto é, decidir o que fazer em tempo real, sem a oportunidade de examinar todos os fatores.

Esse é, mesmo que eles não saibam, o maior problema dos donos de empresa e a forma como gerem seu tempo.

Claro, saber como fazer plano estratégico não elimina totalmente essa necessidade, mas ele te dá a oportunidade de que boa parte dessas decisões sejam tomadas muito antes de o problema ocorrer. Afinal, você elaborou de antemão o caminho da sua empresa nos próximos anos, não é mesmo?

Além disso, ele facilita muito o processo de delegar funções e terceirizar serviços.

O colaborador que vai se responsabilizar por uma parte das suas tarefas tem um planejamento detalhado — muitas vezes em forma de cronograma — que diz para onde suas decisões devem apontar.

E, se optar pela terceirização, a comunicação entre a sua empresa e aquela que você vai contratar será muito facilitada por esse documento.

Conclusão

Não é todo mundo que reúne espírito crítico, independência, conhecimento de todo, capacidade de arriscar e aprender com os erros e acertos.

Para que essas características contribuam ainda mais para a sua empresa — e também para a saúde das suas relações familiares e pessoais —, você deve ser capaz de transmiti-las para toda a sua equipe.

Afinal, a vida tem muito a oferecer para quem reúne todas essas qualidades e ainda consegue delegar tarefas e entender exatamente que atividades vão ser feitas mais rápido e custar menos se repassadas a outras pessoas ou empresas.

Não está na hora de você começar a colocar isso em prática?

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1 comentário

  • José Ngula
    2023-10-29 08:33:07 Responder

    Adorei este conteúdo, e pretendo receber outros conteúdos de Gestão empresarial.

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